Literatura
Em 1950 surgiu a poesia concreta, do movimento de vanguarda criado pelos poetas Haroldo de Campos, Augusto de Campos e Décio Pignatari. Ela se opõe ao formalismo da geração de 45, ao se aproximar dos modernistas de 22, na medida em que propõe a destruição do verso e a exploração inovadora dos espaços da página. Rivalizando com o grupo concretista aparece, em 1962, a Poesia Práxis, de Mário Chamie. A mais importante alternativa que levou o neo-Realismo é o Surrealismo, que passou a dominar no período conturbado da Guerra Fria, com o progressivo desencanto da literatura neo-realista. . Estava já dificilmente se adequando às camadas que pretendia interessar. Os ficcionistas neo-realistas daptaram a sua escrita aos gostos e público, e na década de 50 já o Neo-realismo convergia com certas vanguardas estéticas (Surrealismo, Existencialismo ).
Décadas de 1960 e 1970 A situação política do país, com seus sucessivos governos militares e a censura, fortalece os romances-reportagens, como os de José Louzeiro, e as obras que têm como pano de fundo a realidade brasileira, como Quarup, de Antônio Callado. São também retratos da época livros como Zero, de Ignácio Loyola Brandão, e A Festa, de Ivan Ângelo. Outro autor importante é Raduan Nassar, com sua linguagem apurada. Lígia Fagundes Telles publica contos e romances de grande penetração psicológica. Na linha dos romances intimistas, sobressaem a narrativa refinada de Autran Dourado (Sinos da Agonia) e o complexo trabalho estilístico de Osman Lins (Avalovara). Os contos de Dalton Trevisan misturam o grotesco ao banal. Pedro Nava destaca-se como memorialista. Ferreira Gullar, que se distanciara da poesia concreta, continua a produzir sua poesia participante. A partir do fim dos anos 1970 aparece a chamada geração mimeógrafo, responsável por uma poesia anárquica, satírica e coloquial. Seus principais nomes são Ana Cristina César e Cacaso. Década de 1980 O