literatura
Vitória: CCHN, UFES, Edição n.05, v.1, Setembro. 2009. pp. 27-44.
O Ensino-Aprendizagem de Língua Inglesa como Prática de
Letramento: por uma Intervenção Híbrida e Desestabilizadora
Luciana Maria da Silva Figueiredo 1
Resumo: Este artigo dá ênfase à compreensão do ensino-aprendizagem de língua inglesa como uma prática de letramento e, portanto, social e historicamente situada. Considerando que nenhuma língua existe em um vácuo social, o ensino-aprendizado de uma língua (no caso, o inglês) implica levar em conta questões sociais e políticas. Nesse sentido as práticas de letramento são consideradas em relação às estruturas de poder da sociedade onde se realiza. Como conclusão aponta-se para a importância de que os profissionais da área de educação lingüística assumam que suas práticas discursivas estão associadas a visões particulares do mundo (crenças e valores) de grupos sociais e culturais particulares e que, portanto, toda aula se insere em um processo de construção identitária no qual professores e alunos podem, também, se reconfigurar.
1. Introdução
Este artigo tem por objetivo enfatizar a compreensão do ensino-aprendizagem de língua inglesa como uma prática de letramento e, portanto, sócio-historicamente situada. As imagens abaixo ilustram pessoas de diferentes faixas etárias e em diferentes contextos sociais, culturais e históricos envolvidas em práticas de letramento em língua inglesa.2 Cabe frisar que a sala de aula figura como apenas uma das possibilidades de engajamento, todavia, vou colocá-la em foco, especialmente no contexto da escola pública brasileira.
1
Bacharel e Licenciada em Letras (Português-Inglês) pela UFRJ (1995). Especialista em Língua
Inglesa pela UERJ (1997). Possui curso de atualização em língua inglesa