Literatura
Encerrada a Segunda Guerra Mundial, que havia concentrado todas as atenções, no âmbito internacional, os problemas internos do país vem novamente à tona. Fatos marcantes no período de 45 a 60:
1945 – Término da Segunda Guerra Mundial. Iniciada as mudanças geográficas, políticas e econômicas; Guerra fria entre os Estados Unidos e a União Soviética; Ocorrendo no Brasil a deposição de Getúlio Vargas.
1946 – Eleição de Eurico Gaspar Dutra e início do processo de redemocratização do Brasil.
1950 – Eleito Getúlio Vargas para presidente da República, eleições “diretas já”.
1954 – Getúlio Vargas se suicida e Café Filho assume posse
1955 – Eleição de JK para presidência da República; Mudanças profundas na economia brasileira.
1960 – inauguração de Brasília e eleição de Jânio Quadros para presidência da República
A Geração de 45 – João Guimarães Rosa Na prosa modernista, verificou-se uma continuação do Neo-Realismo, que abrange o urbanismo e o regionalismo.
Guimarães Rosa recria a linguagem regional de forma extremamente elaborada, baseada na linguagem da região em que ocorre seus contos, o autor cria palavras novas, recupera o significado de outras, empresta termos de línguas estrangeiras, estabelecendo relações sintáticas surpreendentes.
Na obra de Guimarães Rosa, o sertão não vai se limitar ao espaço geográfico, mas simboliza o próprio universo. O sertão criado por Guimarães Rosa é uma realidade geográfica, social, política e também uma realidade psicológica e metafísica. Nesse espaço (sertão-mundo), o sertanejo não é apenas um homem de uma região e de uma época específica, mas um homem universal defrontando-se com problemas eternos: o bem e o mal; o amor; a violência; a existência ou não de Deus e do Diabo e etc. Dessa forma, seus regionalismos são classificados como regionalismo universalista.
O sertanejo vive um impasse existencial que pode ser vivido e/ou compreendido por qualquer um, em qualquer espaço. E