Literatura
O enredo do romance A Moreninha é bastante simples: Augusto, Leopoldo e Fabrício, jovens estudantes de medicina, vão passar o dia de Sant’Ana em uma certa ilha, de propriedade da avó de Filipe, um de seus colegas, Augusto, que se dizia incapaz de se apaixonar por muito tempo apenas por uma mulher, faz uma aposta com Filipe: se ficasse apaixonado por uma jovem durante quinze dias ou mais, assumiria o compromisso de escrever um romance contando tal paixão. Nos dias em que fica na ilha, sente-se atraído pela simpatia de Carolina, a Moreninha, irmã de Filipe.
O tempo passa e Augusto volta outras vezes á ilha ara visitar a moça. Apesar de apaixonado por ela, confessa-lhe que está preso ao juramento de fidelidade feito a uma menina, quando tinha 13 anos, mas cujo nome desconhece e de quem nunca mais teve notícia. O amor por Carolina, entretanto, supera esse compromisso e ele está disposto a casar-se com ela.
No final, para a resolução feliz do aparente conflito, descobrem que eles são as duas crianças que juraram fidelidade muitos anos atrás. Augusto ganha o amor de Carolina, mas perde a aposta com Filipe. Quando lhe perguntam sobre o romance que irá escrever, ele responde que já está pronto e que se chama A Moreninha. Joaquim Manuel de Macedo
Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882) nasceu em Itaboraí, Rio de Janeiro, no dia 24 de junho de 1820. Formou-se em Medicina, pela Faculdade do Rio de Janeiro, mas nunca exerceu a profissão, seduzido pela carreira literária e pelo magistério. Foi professor de História no Colégio Pedro II, e preceptor dos netos do Imperador Pedro II.
A obra de Macedo representa todo o esquema e desenvolvimento dos romances iniciais, com linguagem simples, tramas fáceis, descrição de costumes da sociedade carioca, suas festas e tradições, pequenas intrigas de amor e mistério, um final feliz com a vitória do amor. Com o