Literatura estrangeira
RESUMO
Um terrível equívoco rouba a inocência de uma jovem e compromete o coração de um famoso conquistador
Amedrontada, Ashleigh correu os olhos pelo imponente aposento que lhe haviam destinado. A ampla cama de casal, as ricas cortinas de veludo, os espelhos nos quais via-se refletida de todos os ângulos. Aquele luxo a impressionava, era excessivo... e fez renascer seus receios. Havia algo errado. Uma batida na porta tirou-a de suas divagações. O duque de Ravenford entrou no quarto e ficou surpreso. Esperava por um brinquedo divertido mas não por uma mulher tão jovem e bela. Podia jurar que aquele rosto espelhava inocência. Mas era uma prostituta. E como ele já havia pago por seus "serviços", agora iria ocupar-se apenas do prazer!
Um tema forte tratado com lirismo e suavidade pela autora de Lady Indomável
PRÓLOGO
Kent, Inglaterra, 1795
John Westmont, o oitavo duque de Ravensford, debruçou-se sobre a grande mesa esculpida. As sombras da biblioteca incidiam sobre seu rosto anguloso, acentuando-lhe as reentrân¬cias e ocultando o vivo sofrimento que havia em seus olhos.
— Seus pais estão mortos, filho. E também seu irmão — disse ele, dirigindo-se ao pequeno gentleman à sua frente. — Tem alguma coisa a dizer a esse respeito?
Brett Westmont ergueu os olhos azul-turquesa e sustentou o olhar penetrante do avô, sem dar mostras da dor que lhe oprimia o coração desde que tivera conhecimento da pungen¬te tragédia.
— Meu pai morreu, meu avô. E também meu meio-irmão.
O velho duque pôs-se de pé e fitou-o, chocado.
— Está sendo impertinente, filho. Esperava algumas pala¬vras que exprimissem sentimento de dor e compaixão, não uma digressão sobre a genealogia de nossa família!
O menino respirou fundo duas ou três vezes, como se lhe fosse difícil responder.
— Não quis ser impertinente, senhor. Mas é que minha ver¬ dadeira mãe...
O duque olhou-o fixamente, como se ele fosse uma cortina de vidro que deixasse transparecer o