literatura drumonnd
Sentimentos do Mundo – Carlos Drumonnd de Andrade
Eduardo C. Espíndola
3° Em
BOLERO DE RAVEL
A alma ativa e obcecada enrola-se infinitamente numa espiral de desejo e melancolia
Infinita, infinitamente...
As mãos não tocam jamais o aéreo objeto esquiva ondulação evanescente
Os olhos, magnetizados, escutam e no círculo ardente nossa vida para sempre está presa está presa...
Os tambores abafam a morte do Imperador... Carlos Drummond de Andrade.
Figuras de linguagem presentes no poema:
REVELAÇÃO DO SUBÚRBIO
Quando vou para Minas, gosto de ficar de pé, contra a vidraça do carro, vendo o subúrbio passar.
O subúrbio todo se condensa para ser visto depressa, com medo de não repararmos suficientemente em suas luzes que mal têm tempo de brilhar.
A noite come o subúrbio e logo o devolve, ele reage, luta, se esforça, 13 até que vem o campo onde pela manhã repontam laranjais e à noite só existe a tristeza do Brasil.” Carlos Drummond de Andrade.
Figuras de linguagem presentes no poema:
OS MORTOS DE SOBRECASACA
Havia a um canto da sala um álbum de fotografias intoleráveis, alto de muitos metros e velho de infinitos minutos, em que todos se debruçavam na alegria de zombar dos mortos de sobrecasaca. Um verme principiou a roer as sobrecasacas indiferentes e roeu as páginas, as dedicatórias e mesmo a poeira dos retratos.
Só não roeu o imortal soluço de vida que rebentava que rebentava daquelas páginas. Carlos Drummond de Andrade.
Figuras de linguagem presentes no poema:
MENINO CHORANDO NA NOITE
Na noite lenta e morna, morta noite