Literatura Brasileira 2
Joaquim Maria Machado de Assis ou simplificadamente Machado de Assis, nasceu no Rio de Janeiro aos vinte um dias do mês de junho de 1839 vindo de família humilde, descendente de escravos, epiléptico, gago, estudou pouco e não teve oportunidade de frequentar escola de formação que era normal naquela época, só os nobres tinham esse privilégio. Um paradoxo para quem se tornou um gênio das letras, um ilustre escritor e reconhecido pela sociedade, silenciou sua vida pessoal pra dar importância aos seus personagens, um negro que subiu todos os degraus com méritos próprios e que impôs a sua própria existência
O contrário que se pensava de sua raça e condição financeira, provou a sociedade que ele não fora apenas um caso curioso, mas a mais eloquente exceção de vencer na vida concebível.
Vivenciando em suas obras e para elas, sendo seu registro de vida, já que pouco se sabe de sua vida, em Dom Casmurro o sentimento de ciúme, traição confronta a serenidade imposta pelo romantismo, a sensação de desconfiança pelo personagem Bento Santiago a respeito de sua esposa Capitu. Esaú e Jacó apresenta um Machado de Assis preocupado com a sociedade em transição da Monarquia para a República ou seja um idealista. Em Memorial de Aires o escritor começa a perceber seu fim, faz uma espécie de testamento seu, uma prestação de contas, que em Memorias Póstumas de Brás Cuba acamado pela epilepsia e quase cego se consolida ao apresentar um morto falante que conta histórias de sua vida, uma premonição de sua morte e também um lamento da morte de sua esposa, e se valendo que morto não tem que preservar ninguém.
O que nos chama atenção na trajetória deste mestre irreverente, ousado, metódico e