Linha do tempo da educação brasileira no período imperial
A educação no Brasil está num momento muito rico hoje. Entretanto, a educação popular foi por muito tempo marginalizada pela escola oficial. É um movimento que começa no final da década de 50, se estende pela de 60 e nunca foi esquecida fora da escola (movimentos de Igreja, educação de jovens e adultos, movimentos sociais urbanos e rurais). Ou seja: há uma história de Educação Popular. Não estamos começando do zero. Assim como temos uma herança de luta neste país, temos também uma herança cultural, uma verdadeira pedagogia de luta, transformação, libertação. Paulo Freire é símbolo disso tudo. Faz parte desse movimento histórico-educativo. Toda a América Latina considera-o um dos nomes mais importantes e renovadores na área de educação nos últimos 50 anos. Cuja tarefa pedagógica tem a ver com o título deste encontro: “Formar para Transformar”. Só é possível entender Paulo Freire dentro deste contexto histórico. Paulo Freire não inventou um método. Educação para ele é muito mais que isto. Paulo foi na contra-mão do tecnicismo, do que vinha acontecendo na área de educação. Ele não admitia educação como método ou técnica neutra, nega esta neutralidade. Para ele, educação é ato político.
A cultura política do Brasil há 500 anos foi sempre fazer da educação uma grande bandeira, mas sempre a deixou reduzida. Para os dominantes, o povo é analfabeto, é ignorante, é bárbaro; e a educação viria então para resolver estes “problemas”.
Paulo Freire se contrapõe a esta cultura elitista sobre o povo. Amargou 16 anos no exílio porque ousava dizer como vocês “viva o povo brasileiro Paulo Freire não tinha uma visão conteudista de educação, por isso a academia não o suporta. A idéia de transmissão de “conteúdos críticos” não ultrapassa a visão bancária de educação. Para ele educar não é aplicar conteúdos e lições às pessoas, como se fossem depósitos em conta bancária, onde se deposita