linguistica

Ca d er n os d o CN L F , V ol . X I I I, N º 0 4
A SOCIOLINGUÍSTICA E A SALA DE AULA
Danielly Lopes de Lima (UEPB) [e-mail] INTRODUÇÃO
O indivíduo, na sua grande maioria, possui um momento em sua vida que aprende conteúdos formais em um ambiente formal. Este ambiente é a sala de aula. Por ser essencial para a construção de conhecimento instuticionalizado, a sala de aula será o palco deste artigo, sob a ótica da Sociolinguística Interacional.
Para desenvolver este artigo, utilizou-se de teóricos que trabalharam com a Sociolinguistica Interacional e com o ambiente escolar. Para perceber a dimensão que tem essa perspectiva linguística, apoiou-se em dados concretos retirados de um corpus coletado em uma escola pertencente à rede pública estadual de ensino do estado da Paraíba, localizada na periferia da cidade de João Pessoa. As duas turmas observadas e acompanhadas pertenceram ao 2º ano do Ensino
Médio.
Este artigo encontra-se dividido em três seções: a primeira corresponde a um breve histórico da Sociolinguistica Interacional; a segunda a análise do corpus coletado e; por fim, tecem-se as considerações finais.

1.

Um panorama da sociolinguística interacional

Durante o período entre 1950 e 1960, ocorreram diversas manifestações no âmbito dos estudos linguísticos. Dois lados eram evidentes neste período: os que defendiam a perspectiva cognitiva, entre eles, Chomsky e; os que acreditavam que a língua deveria ser estudada no seu funcionamento e no uso real em situações reais, o nome dado a este momento é a “virada pragmática”. A partir deste momento, algumas vertentes linguísticas surgiram, entre elas, tem-se: Análise do Discurso, Análise da Conversação, Sociolinguística, Etnografia da Comunicação.

Anais do XIII CNLF. Rio de Janeiro: CiFEFiL, 2009, p. 1541

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A vertente da Sociolinguística tem “três premissas básicas: o relativismo cultural; a heterogeneidade linguística