Linguistica
O juízo de coerência ou incoerência de um texto não depende apenas do modo como se combinam elementos linguísticos no texto, mas também de conhecimentos prévios sobre o mundo e o tipo de mundo em que o texto se insere, bem como do tipo de texto.
A coesão textual mas não somente ela revela a importância do conhecimento linguístico (dos elementos da língua, seus valores e usos) para a produção do texto e sua compreensão e, portanto, para o estabelecimento da coerência.
O conhecimentos dos elementos linguísticos e sua relação, por exemplo, com o contexto de situação também é importante para o cálculo do sentido e a percepção de um texto como coerente ou incoerente.
O calculo do sentido de um texto, estabelecendo a sua coerência, pode ser auxiliado pela coesão, mas esta não é uma condição necessária.
A coerência está diretamente ligada à possibilidade de se estabelecer um sentido para o texto, ou seja, ela é o que faz como que o texto faça sentido para os usuários, devendo, portanto, ser entendida como um principio de interpretabilidade, ligada à inteligibilidade do texto numa situação de comunicação e à capacidade que o receptor tem para calcular o sentido do texto.
O sentido deve ser do todo, pois a coerência é global.
Para haver coerência é preciso que haja possibilidade de estabelecer no texto alguma forma de unidade ou relação entre seus elementos.
A coerência tem a ver com boa formação em termos da interlocução comunicativa, que determina não só a possibilidade de estabelecer o sentido do texto mas também, com frequência, qual sentido se estabelece.
Van Dijk e Kintsch -1983- falam de coerência local (referindo-se a uma parte do texto ou a frases ou a sequencias de frases dentro do texto) e em coerência global (referindo-se ao texto em sua totalidade). A coerência do texto é global. A coerência local advêm do bom uso dos elementos linguísticos em sequencias menores para expressar sentidos que