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Quando pensamos em identidade cultural, logo nos vem à mente uma estrutura fixa e intocável de determinada sociedade ou grupo de pessoas. Será que é esse o verdadeiro significado dessa identidade?
A identidade cultural é vista como uma forma de identidade coletiva característica de um grupo social que partilha as mesmas atitudes. Está apoiada num passado com um ideal coletivo projetado e se fixa como uma construção social estabelecida e faz os indivíduos se sentirem mais próximos e semelhantes. É ela responsável pela identificação e diferenciação dos diversos indivíduos de uma sociedade, sendo está comparada em diversas escalas. A identidade cultural de determinado povo está intimamente ligada à memória deste, mas não pode ser vista como sendo um conjunto de valores fixos e imutáveis que definem o indivíduo e a coletividade a qual ele faz parte. Faz parte do processo de sobrevivência das sociedades a incorporação de elementos novos e isso é o que as mantêm ao longo do tempo.
A identidade cultural é fator condicionante da relação individuo-sociedade, pois é através dela que o individuo se adapta e reconhece um ambiente como seu. Dessa forma, sem a identidade cultural seria impossível que as pessoas se encaixassem em uma sociedade com características próprias. Segundo a percepção de identidade, a cultura adquire a função de delimitar as diversas personalidades e formar diferentes grupos humanos.
Com a pós-modernidade e com todo um processo de novas informações e tecnologias que cada vez mais aparecem, torna-se difícil a percepção de contornos nítidos do que chamamos “identidade cultural” de determinada sociedade. O termo “perda” não é, assim, o mais adequado a ser usado, já que as sociedades e suas diferentes culturas estão em constante dinâmica. Poderíamos falar de uma “crise de identidade” se considerássemos as mudanças freqüentes das sociedades modernas decorrentes do processo de globalização que de certa