Linguagem

Atualmente, pensa-se em texto diferentemente de como se pensava em meados de 1970, época em a concepção textual era de base gramatical. A partir de 1990, essa concepção torna-se de base sóciocognitivo-interacional, ou seja, o texto é lugar de interação e de construção de sentido.
Esse avanço quanto aos conceitos de texto está intimamente relacionado às contribuições da Linguística para o estudo de Língua Portuguesa. A Linguística busca trazer práticas sociais de leitura e produção textual para as salas de aula. Nesta tarefa, estão inseridos os trabalhos com gêneros textuais, a construção de textos bem elaborados, mecanismos que dão ao texto progressão, etc.
Produtos históricos, isto é, criados e transformados ao longo do tempo, os gêneros textuais são diferentes formas de linguagem utilizadas nas variadas relações humanas: as pessoas entendem umas as outras porque recorrem a específicas formas de discurso que variam conforme a situação comunicativa. Quando colocados em prática nas aulas de Língua Portuguesa, os gêneros textuais dão ao aluno o reconhecimento do gênero adequado do que se pede: se o professor solicitar a elaboração de uma dissertação, por exemplo, o aluno não fará uma narração escrita em versos, ele irá expor uma ideia através de raciocínios encadeados logicamente.
O reconhecimento de diferentes gêneros textuais não auxilia somente na produção de texto, como, também, na interpretação de diferentes tipologias textuais e na orientação da leitura do interlocutor. Assim, um texto científico não será lido da mesma maneira que se lê um poema. Auxiliados pelo professor, os alunos tem de conhecer métodos de leitura e produção de textos próximos ao seu cotidiano. Feito isso, será cumprido o que se espera de uma aula de qualidade: a realização da função social do texto.
A linguagem, em toda comunicação, tem o objetivo de empregar determinada função. Para que um texto seja considerado bem construído, seu produtor deve utilizar recursos linguísticos,