linguagem
Talvez um dos aspectos mais complexos da tradução seja a questão da adequação linguística do texto traduzido. Esse é um dos motivos pelos quais a tradução humana, preferencialmente feita por um falante nativo, sobrepõe-se à tradução automática: a tradução requer adaptação. Linguisticamente falando, qualquer texto precisa levar em consideração seu público-alvo e, para isso, precisa adequar-se à maneira como esse público fala. Assim, se meu público for, por exemplo, majoritariamente composto por adolescentes, deve-se adequar a tradução a uma linguagem adolescente.
A questão de estilo do texto deve ser igualmente considerada. Enquanto um manual extremamente técnico, com terminologia muito específica, restringe o tradutor quanto às suas escolhas linguísticas, um material de marketing, por exemplo, proporciona ao tradutor mais liberdade e flexibilidade.
A adequação linguística está intimamente ligada à adequação cultural. Tomemos como exemplo a tradução de artigos científicos. A língua inglesa faz uso de uma linguagem prática e direta e dá preferências a determinadas estruturas, como a voz passiva. Já na língua portuguesa, uma linguagem com mais rodeios e mais explicativa é considerada normal. Portanto, para fazer uma tradução desse tipo, leva-se em consideração que diferentes aspectos linguísticos deverão ser usados na tradução para que, culturalmente, esse texto possa se adequar ao meio a que se destina. Por exemplo, em manuais de equipamentos em inglês, costuma-se iniciar instruções com please, como em: “Please make sure you have turned on the ignition”. Já em português isso não acontece, e a tradução adequada do trecho seria: “Certifique-se de ter ligado a ignição”. Ainda que a língua inglesa seja econômica, ela apresenta mais polidez em casos como esse.
Além dessas questões, nós da Terralíngua levamos em consideração que algumas adequações linguísticas são escolhas do cliente e, por isso, devem ser seguidas. Daí a importância de guias de