Linguagem
Um grande abraço e saúde a todos.
Prof. Patrícia Radaelli
CAPÍTULO 4
LINGUAGEM, CONHECIMENTO, PENSAMENTO
A função do nome se limita sempre a ressaltar um aspecto particular de uma coisa, e é precisamente desta restrição e desta limitação que depende seu valor. Não é função do nome referir-se exaustivamente a uma situação concreta, mas apenas destacar e mencionar certo aspecto. O isolamento deste aspecto não é um ato negativo, mas positivo, porque no ato de denominação escolhemos, no meio da multiplicidade e difusão dos nossos dados sensoriais, certos centros fixos de percepção que não são os mesmos do pensamento lógico ou científico.
Apesar de haver muitos modos de co-nhecer o mundo, através do mito, da arte, da ciência, cada um deles com sua linguagem es-pecífica, é através da linguagem verbal que melhor se manifesta o pensamento abstrato que faz uso de idéias e conceitos gerais. Por isso, vamos começar nossa discussão exata-mente caracterizando a linguagem verbal.
1. A linguagem como atividade humana
Considerando o homem um ser que fala e a palavra a senha de entrada no mundo hu-mano', vamos examinar mais profundamente o que vem a ser a linguagem especificamente humana.
UM R.OI\ÃO NÃO GOSTA DE SER CONFUNDIDO COM UM ASTERISCO I
A linguagem é um sistema simbólico. O homem é o único animal capaz de criar sím-bolos, isto é, signos arbitrários em relação ao objeto que representam e, por isso mesmo, convencionais, ou seja, dependentes de acei-tação social. Tomemos, por exemplo, a pala-vra casa. Não há nada no som nem na forma escrita que nos remeta ao objeto por ela repre-sentado (cada casa que, concretamente,