Linguagem e Educação
Silvia Ester Orrú
Iniciando o primeiro capítulo do livro, a autora vem conceituar o termo autismo na origem etimológica da palavra.
Palavra de origem grega (autos), que significa de si mesmo. Termo utilizado dentro da psiquiatria para denominar comportamentos humanos voltados para o próprio indivíduo.
Expõem algumas classificações do termo para denominar os diferentes níveis da síndrome como autismo puro, núcleo autístico, autismo primário, autismo secundário, autismo de alto funcionamento, autismo de baixo funcionamento.
Em seguida, a autora expõe a contribuição epistemológica inicial acerca do autismo a partir da pesquisa Leo Kanner para o tema, psiquiatra austríaco, que se dedicou ao estudo de crianças com comportamento e estranho e peculiares, caracterizados por estereotipias, e uma imensa dificuldade de estabelecer relações interpessoais. Kanner foi o primeiro a publicar uma investigação minuciosa a respeito do tema, quando descreveu o caso de onze crianças por ele observadas, que apresentavam fortes características de distúrbio do desenvolvimento. Essas crianças apresentavam um quadro de autismo extremo, obsessividade, estereotipias e ecolalia, Kanner as nomeou com distúrbio autístico do contato afetivo.
Das características apontadas por Kanner, observava-se que estas crianças tinham uma enorme incapacidade de estabelecer relações com pessoas, atraso da aquisição da linguagem, obsessão em manter o ambiente intacto, e tendência a repetir atividades ritualizadas. Essas crianças viviam em extremo alheamento sem responder a nenhum estimulo externo.
No ponto seguinte, preocupa-se por estabelecer uma breve exposição sobre os dois temas Autismo x Esquizofrenia a partir das colocações de Kanner a respeito desses dois temas, citando também Bleuler e seu conceito a respeito do Autismo e da Esquizofrenia. Bleuler conceituava o Autismo como um dos sintomas da Esquizofrenia, enfatizado a