Educação e linguagem
Programa de Mestrado em Educação
Aluna Especial: Márcia de Oliveira Sales
Disciplina: História da Leitura, formação do leitor e letramento.
A partir da leitura dos textos “Modelos de Letramento e as práticas de Alfabetização na
Escola”, de Angela Kleiman, e “Os Novos Estudos sobre o Letramento: Histórico e
Perspectivas”, faremos uma reflexão buscando alinhar as proposições e ideias dos dois autores. Brian Street traz em seu texto uma experiência desenvolvida no Irã, a partir da observação do cotidiano das pessoas, observando onde e em que situações acontecia o letramento. A partir dessas observações, o autor percebe que essas práticas de letramento que acontecem a partir de contextos sociais e culturais que não a escola são tão importante na vida dessas pessoas quanto as práticas de letramento que acontecem na escola. O fato de ser algo significativo para o indivíduo por fazer parte do seu cotidiano atribui um sentido de valor maior à experiência do letramento.
Com essas observações de letramentos diversos, Street traz para nós os modelos de letramento que existem, classificando-os. Os modelos existentes são o autônomo e o ideológico. No modelo autônomo, presume-se que o letramento é algo independente, separado que acontece sem interferência do contexto sóciocultural. No Letramento autônomo a escola é a principal agência de letramento e a escrita é privilegiada em detrimento da oralidade. Essa concepção aproxima letramento de alfabetização. Quanto maior a escolarização, mais letrado será o indivíduo.
O modelo ideológico leva em conta a determinação do social e do cultural nas práticas de letramento de uma determinada sociedade, cujos significados da escrita adquiridos por um segmento social dependem da instituição ou contexto social onde ela foi adquirida. Angela Kleiman compactua com o pensamento de street e traz para nós uma reflexão sobre o letramento