Linguagem verbal
Na linguagem oral, o ambiente é comum a ambos os falantes. Por isso, quando usam "eu", "aqui", "hoje", não precisam explicitar do que se trata. Além disso, os gestos, expressões faciais, altura do tom da voz, contribuem para a clareza da comunicação. Nesse sentido, a linguagem oral usa recursos diferentes daqueles usados na linguagem escrita.
Veja a frase "João comeu o bolo". Podemos dizê-la:
1) Colocando ênfase na palavra João, em João comeu o bolo. Então, essa frase poderia estar respondendo a uma pergunta como "Quem comeu o bolo?".
2) Falando de maneira mais forte a palavra comeu, em João comeu o bolo. Nesse caso, poderíamos estar respondendo a algo como "Que fez João?".
3) Colocando o acento na expressão o bolo, em João comeu o bolo, o que poderia ser a resposta de "O que comeu João?".
Recursos da escrita
Na linguagem escrita, precisamos explicitar quase tudo que queremos que o nosso interlocutor entenda. A frase acima precisaria vir acompanhada de uma informação a respeito do ambiente onde se encontram João e o bolo (uma festa, o trabalho, a cozinha etc..), explicitação de quem participa do diálogo, introdução de um verbo dicendi (fulano/a falou, disse, perguntou, gritou, murmurou, cochichou, berrou, por exemplo), o sinal gráfico que indica a introdução da fala de alguém: o travessão ou aspas.
Mas nem por isso a escrita é mais complexa e a fala mais simples. O grau de formalidade no uso da linguagem oral depende do ambiente em que se encontra o falante, do objetivo a atingir, de quem são os ouvintes.
Há situações que exigem falas elaboradas, isto é, com vocabulário e organização mais próxima da