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Para a advogada Fernanda Bragato, professora da Unisinos, também entrevistada por e-mail pela IHU On-Line analisando a obra do iminente jurista britânico, “os direitos humanos representam a ideologia, talvez moderna, que sobreviveu ao fim da história, ao fim das utopias, ao fim do sujeito e ao fim das ideologias, ou seja, a todas as heranças modernas que os teóricos da pós-modernidade identificam como superadas”. Ela continua: “Em sua obra, Douzinas aponta para o fato de que os paradoxos oferecidos pelos direitos humanos são, antes, um desafio no sentido de refunda-los segundo novos pressupostos, na medida em que a tradição liberal, na qual os direitos humanos se constituíram, já não oferece respostas para o contexto pós-moderno, onde o discurso unitário da modernidade não tem mais lugar”.
IHU On-Line - Por que os direitos humanos só têm paradoxos a oferecer?
Fernanda Bragato - Ao mesmo tempo em que os direitos humanos representam um triunfo no século XX, jamais a humanidade assistiu a tantas violações destes mesmos direitos. É um paradoxo que se apresenta, sobretudo, naquelas sociedades que, teoricamente, aceitam as premissas nas quais se assentam os direitos humanos e que, além disso, os