Ligação Covalente
“A existência de espécies deficientes de elétrons é explicada pela deslocalização da influência da ligação dos elétrons sobre vários átomos.”
A formação de orbitais moleculares pela combinação de vários orbitais atômicos explica facilmente a existência dos compostos deficientes de elétrons, os quais são compostos para os quais não há elétrons suficientes para que uma estrutura de Lewis seja escrita.
Como exemplo, B2H6. Tendo somente 12 elétrons de valência, com pelo menos sete pares de elétrons são necessários para se ligar a oito átomos, isso se o modelo de Lewis estiver correto. O problema é resolvido pela teoria dos orbitais moleculares. As ligações B – H são ligações 2c,2e, enquanto que as ligações em ponte B – H – B são ligações 3c, 2e nas quais dois elétrons são “compartilhados” entre 3 átomos. As ligações em ponte no B2H6 são mais longas e mais fracas que as ligações terminais.
Os oito átomos dessa molécula contribuem com um total de 14 orbitais de valência, sendo 4 orbitais de cada átomo de B, totalizando 8, e um orbital de cada um dos seis átomos de H. Os 14 orbitais atômicos podem ser usados para construir 14 orbitais moleculares, cerca de 7 destes orbitais moleculares serão ligantes ou não ligantes, número mais do que suficiente para acomodar os 12 elétrons de valência fornecidos pelos átomos.
Uma conclusão, ligeiramente diferente é obtido quando se concentra nos dois fragmentos BHB e nos orbitais moleculares que podem ser formados pela combinação dos orbitais atômicos fornecidos pelos e átomos. O orbital ligante que se espalha por estes 3 átomos pode-se acomodar dois elétrons e unir a molécula.
Uma característica da aproximação de Lewis para a ligação química é a sua concordância com o instinto químico que identifica algo que pode ser chamado de “ uma ligação A – B”. Ambas as ligações de H2O, H – O, são tratadas como estruturas equivalentes, localizadas, uma vez que cada uma consiste em um par de elétrons