lidocaina
O primeiro anestésico local descrito foi a cocaína, extraída das folhas de Erythroxylon coca em 1860 por Nieman, na Alemanha. Moreno y Maiz, em 1868, foi o primeiro a descrever o uso potencial da cocaína como anestésico local, mas só em 1884 Koller a utilizou pela primeira vez para anestesia tópica do olho. A identificação da cocaína como derivado do ácido benzóico possibilitou a síntese da benzocaína, também éster do ácido benzóico, em 1890, por Ritsert. Em 1905, Einhorn e Braun sintetizaram a procaína, derivada do ácido para-aminobenzóico, mais hidrossolúvel e menos tóxica que a benzocaína, compatível com o uso sistêmico. Em 1943, Löfgren sintetizou a lidocaína,derivada do ácido dietil-aminoacético, iniciando-se a era dos anestésicos locais tipo amida, relativamente isentos de reações alérgicas, tão comuns com os derivados do ácido para-aminobenzóico.
A palavra anestesia provém diretamente do grego: an, que significa sem, e aisthesis, que significa sensação.
Anestésicos são substâncias que bloqueiam a condução nervosa de forma reversível, sendo seu uso seguido de recuperação completa da função do nervo. O local de ação dos anestésicos locais é a membrana celular, onde bloqueiam o processo de excitação-condução.
O processo de excitação-condução de um nervo é a expressão de uma série de fenômenos eletroquímicos, que variam em função do estado da membrana.
Os anestésicos são uma série de substâncias químicas, com estruturas moleculares semelhantes, capazes de inibir a percepção das sensações (sobretudo a dor) e também de prevenir o movimento. São utilizados em uma variedade de situações, desde a sua aplicação tópica para queimaduras e pequenos cortes, até injeções durante tratamento dentário e bloqueio epidural e intratecal (espinal) durante procedimentos obstétricos e cirurgia de grande porte.
A dor pós-operatória é uma forma única e comum de dor aguda. Muitos trabalhos têm evidenciado que protocolos apropriados de tratamento de dor reduzem