Liderança Empreendedora
Duhamel negava categoricamente que o cinema fosse arte. Ele ridicularizou o cinema como “um passatempo para escravos, entretenimento para analfabetos,...”. Com opinião adversa, para Benjamin o cinema enriquecia o campo de percepção humana e ampliava a consciência crítica da realidade. Benjamin transformou a tão criticada “distração” da experiência cinematográfica em uma vantagem cognitiva. A distração não implicava passividade; era, em lugar disso uma manifestação liberatória da consciência coletiva, um sinal de que o espectador não estava “enfatizado na escuridão”. Por meio da mensagem, o cinema administrava efeitos de choque instauradores de uma ruptura com as circunstâncias contemplativas do consumo da arte burguesa. Adorno preocupava-se com os efeitos do que os teóricos frankfurtianos denominaram como “indústria cultural”, na qual identificaram um enorme potencial para a alienação e a comodificação. Para Adorno e Horkheimer, o surgimento da indústria cultural significou a morte da arte como espaço de uma negatividade corrosiva. A Escola de Frankfurt exerceu uma forte influência sobre as teorias posteriores da indústria cultura, as teorias da recepção e as teorias do alto modernismo e da vanguarda.
A Fenomenologia do Realismo
Os teóricos formativos, que acreditavam que a especialidade artística do cinema localizava-se em suas diferenças radicais para com a realidade, e os “realistas”, que entendiam que sua especificidade artística era a de oferecer representações confiáveis da vida cotidiana. Como formalistas, viam a arte como fatalmente convencional e inerentemente diferente da vida, Zavattini clamava pela eliminação da distância entre a vida e arte. O problema não era inventar histórias que se assemelhassem à realidade, mas em vez disso, transformar a realidade em uma história. O objetivo era um cinema sem mediação aparente, no qual os fatos ditassem a forma e os acontecimentos parecessem contar-se a si próprios. Guido Aristarco