Liderança com inteligência emocional
Daniel Goleman
Faça essa pergunta a qualquer grupo de executivos: “O que os líderes realmente fazem?” e você ouvirá uma enxurrada de respostas. Líderes definem uma estratégia; motivam uma equipe; criam uma filosofia empresarial; constroem uma cultura para a organização. Depois, pergunte: “O que os líderes deveriam fazer?” Se for um grupo experiente, provavelmente você ouvirá uma única resposta: “A única função de um líder é obter resultados.” Mas como? O mistério sobre o que líderes podem e devem fazer para encorajar o melhor desempenho de seus liderados é antigo. Nos últimos anos este mistério têm gerado uma verdadeira indústria: literalmente milhares de “líderes especialistas” tem construído carreiras testando e treinando executivos, todos à caça de pessoas criativas que possam transformar ousados objetivos – sejam eles estratégicos, financeiros, organizacionais, ou todos os três - em realidade. No entanto, a liderança eficaz esquiva-se com destreza de muitas pessoas e organizações. Uma das razões pelas quais isso acontece é que até recentemente nenhuma pesquisa quantitativa havia demonstrado quais são os comportamentos certos que produzem resultados positivos. Líderes especialistas dão consultoria baseados em inferências, experiências e instinto. Algumas vezes esta abordagem acerta o alvo, em outras não. Uma nova pesquisa conduzida pelas empresas de consultoria Hay/McBer, que reúne uma amostra aleatória de 3.871 executivos selecionados de um banco de dados com mais de 20.000 nomes do mundo inteiro, destruiu muito do mistério sobre a liderança eficaz. A pesquisa descobriu seis estilos distintos de liderança, cada um tendo sua origem em diferentes componentes da inteligência emocional. Os estilos, tomados individualmente, parecem ter um impacto único e direto no clima organizacional de uma empresa, divisão ou equipe de trabalho, e, por conseqüência, no desempenho financeiro. E, talvez o mais importante, a pesquisa indica