História da Educação no início do século XX
Tratando-se de educação sob a perspectiva de escolarização pode-se afirmar que sempre houve uma intima relação da educação com a economia.
Ajustando o foco dessa leitura para o período que compreende o fim do século XIX e o início do século XX, sobretudo no Brasil, uma série de movimentos revelam o quanto a educação tem haver com a economia. Enquanto prevaleceu a escravidão no Brasil, a educação se manteve como privilégio apenas das elites conforme lhes convinha. O país ainda vivia os tempos da monarquia e a educação ficava a encargo da Igreja Católica. Com o fim da escravidão e posteriormente com o fim da monarquia, muitas mudanças também se deram em outras áreas; na educação foram diversas.
Com a implantação da industrialização a necessidade de mão de obra especializada começou a ser uma incomoda realidade. Outra questão que incomodava era o altíssimo nível de analfabetismo na nação. Para resolver esses problemas a única alternativa era promover a educação em maior escala. Grupo Escolar, Escola Nova, Escola Normal, Escolas de Ensino Técnico entre outras empreitadas ganhavam território no país. A questão é que nenhuma dessas iniciativas foi movida pela generosidade das classes economicamente privilegiadas em favor dos mais pobres. Não era uma proposta de dividir entre todos os que quisessem estudar, os dividendos que o solo brasileiro poderia gerar. A motivação era proveniente de uma questão de necessidade. Era necessário que os empregados do comercio e da indústria que ganhava força soubessem ler e escrever, bem como era necessário mão de obra especializada para as maquinas e tecnologias que chegavam cada vez mais no país.
Nos dias atuais a relação permanece movida por interesses e o controle, apesar de não ser absoluto, fica nas mãos daqueles que se assentam nas cadeiras do poder. Ora acelerando o processo de educação, ora desacelerando, enfim, educação e economia guardam em si intima relação.
Referência