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OS SEM-TERRA DOS ANOS 60
No inicio da década de 1960, o mundo vivenciava o auge da guerra fria, de um lado o bloco capitalista liderado pelos Estados Unidos e de outro o bloco socialista liderado pela União Soviética, os conflitos se davam no campo político, militar, tecnológico, econômico, social e ideológico entre as duas nações e suas zonas de influência.
No Brasil, as disputas eleitorais e ideológicas eram influenciadas e pautadas pelos debates das duas grandes potencias mundiais. Defender reforma agrária, logo era taxado de “comunista” “vermelho” “subversivo”. Quem assim procedesse, sofria de ataques patrocinados pelos grandes grupos oligárquicos nacionais e internacionais.
MASTER
Neste contexto o Master foi fundado em meados de 1960 pelo prefeito da cidade de Encruzilhada do Sul, no momento em que um fazendeiro de um grupo político opositor tentava expulsar da terra agricultores, alegando ser ele o verdadeiro dono da terra. Milton Serres Rodrigues era membro do PTB, o mesmo partido de Brizola, e contou com o apoio do governador para organizar núcleos do Master ali e em outros municípios. Passado o evento de Encruzilhada do Sul, que resultou na desapropriação da terra pelo governo do Estado.
No inicio 1962, após a criação do IGRA, Instituto Gaucho de Reforma Agrária- uma nova faze marcou a forma de reivindicar terra no Rio Grande do Sul, propriedades passaram a serem ocupadas para pressionarem o governo a fazer a desapropriação. Em 11 de janeiro de 1962, a Fazenda Sarandi, localizada no município de mesmo nome, foi ocupada. Consistia numa área de mais de 25.000 hectares de terra. A ocupação teria sido organizada por Jair de Moura Calixto, prefeito de Nonoai, apoiado por trabalhadores rurais e líderes políticos locais, que garantiam os suprimentos para a manutenção do acampamento.
MOVIMENTO DO BANHADO DO COLÉGIO Movimento semelhante ocorreu em Camaquã. O Banhado do Colégio era uma área de quase 20 mil hectares de um terreno alagadiço, que estava