Licenciada
Vai depender do papel didático que o professor responsável por essa prática vai imprimir. Segundo Compiani & Carneiro (1993) as atividade de campo podem ser classificadas em ilustrativa, indutiva, motivadora, treinadora ou investigativa.
O estudo do meio ilustrativo: Essa atividade depende de conhecimentos prévios (trabalhados em aula ou através de leituras) que não são questionados e/ou desconstruídos em campo. Resume-se em poucas palavras a uma ilustração da teoria vista em sala. Assim essa modalidade de trabalho de campo não é crítica nem construtivista (já que o conhecimento foi construído em etapas anteriores ao campo).
O estudo do meio indutivo: Os alunos são postos a observação e interpretação o que pode permitir reflexões e chegar a conclusões de um problema posto pelo professor (vale ressaltar que o professor tem o controle das atividades e as encaminha de acordo com seu planejamento). A parte teórica, assim como no estudo do meio ilustrativo, não é questionada e/ou desconstruída em campo sendo preservada. Trata-se, a meu ver, de um trabalho de campo construtivista, porém não crítico.
O estudo do meio motivador: O trabalho de campo com esse papel didático visa despertar o interesse do aluno e aplica-se, de modo geral, a alunos desprovidos de conhecimentos anteriores. Dá-se ênfase à formulação de conjecturas, dúvidas e questões sobre uma natureza que, para eles é desconhecida (p. 95). Diferentemente das duas anteriores, o professor aqui não apresenta um controle tão rígido das atividades o que confere uma maior autonomia no pensamento dos alunos. Como não exige conhecimentos prévios (o saber é construído pelos alunos durante o campo) trata-se de uma prática essencialmente construtivista.
O estudo do meio treinador: Essa atividade depende de conhecimentos prévios (trabalhados em aula ou através de leituras) que não são questionados e/ou desconstruídos em campo.