licenciada
A monitorização como sinônimo de vigilância, o que nos parece equivocado, uma vez que ambos apresentam aplicações distintas em saúde pública. A monitorização, diferentemente da vigilância.
No decorrer dos anos 70 a necessidade de avaliar as ações sanitárias se impôs. O período de implantação dos grandes programas, baseados no seguro médico, estava terminado. A diminuição do crescimento econômico e o papel do Estado no financiamento dos serviços de saúde tornavam indispensável o controlo dos custos do sistema de saúde, sem que, por isso, uma acessibilidade suficiente de todos a serviços de qualidade seja questionada.
As decisões necessárias para que esta dupla exigência seja respeitada são particularmente difíceis de se tomar, por causa do caráter muito complexo do sistema de saúde, das grandes zonas de incerteza que existem nas relações entre os problemas de saúde e as intervenções suscetíveis de resolvê-las, do desenvolvimento muito rápido das novas tecnologias médicas e das expectativas crescentes da população. Neste contexto, a necessidade de informação sobre o funcionamento e a eficácia do sistema de saúde é considerável e a avaliação parece ser a melhor solução.
Desde então, a avaliação na área sanitária goza de um prestígio enorme. A maioria dos países (Estados Unidos, Canadá, França, Austrália) criou organismos encarregados de avaliar as novas tecnologias. Os programas d e formação, os colóquios, os seminários, os artigos, as obras sobre a avaliação já não se contam mais.
Esta proliferação é, certamente, o sinal de uma necessidade, mas ela também é sinal da complexidade da área. O objectivo da nossa apresentação é propor um quadro conceitual que permita uma visão mais clara.
Assim sendo, define-se a monitorização como sendo o acto, processo ou efeito de monitorizar; palavra formada em português: derivada de monitorizar. Por sua vez, derivada de monitor «o que adverte, lembra, guia, dirige; conselheiro; apontador; escravo