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2. LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS E A LINGUÍSTICA
Esta unidade tem como propósito pesquisar e estudar como funciona essa língua, de onde vem essa língua (origem) e buscar os fundamentos dos elementos linguísticos da língua de sinais, visando o leitor não conectado com os estudos linguísticos das línguas de sinais. Entender a diferença entre a língua de sinais e Língua Portuguesa; fortalecer o reconhecimento da LIBRAS como língua natural dos Surdos; abranger os conhecimentos teóricos e práticos dos aspectos gramaticais e semânticos da LIBRAS. Ao final desta unidade teremos noção do vocabulário básico da Língua
Brasileira de Sinais.
2.1. Introdução a Gramática da LIBRAS
2.1.1 VAMOS CONHECER A LÍNGUA DE SINAIS COMO LÍNGUA NATURAL!
O incrível potencial linguista William Stokoe, escocês (citado na unidade 1, na história), trabalhava nos Estados Unidos. Em 1955, trabalhou como professor e chefe de Departamento de
Inglês do Gallaudet College, atualmente conhecido como Gallaudet University, que é uma
Universidade para Surdos. Ele não tinha conhecimento a respeito da ASL (Língua de Sinais
Americana), a partir de seu trabalho nesse colégio, aprofundou seu conhecimento linguístico nas línguas de sinais descobrindo os aspectos e valores linguísticos (fonologia, morfologia, sintaxe, semântica e pragmática) dos demais idiomas orais-auditivos como o Inglês, o Francês, também nestas línguas de modalidade visoespacial.
Os autores Veloso e Filho reconhecem tais investigações de Stokoe:
A publicação de sua obra, foi fundamental na mudança da percepção da ASL como uma versão simplificada ou incompleta do inglês para o de uma complexa e próspera língua natural, com uma sintaxe e gramática independentes, funcionais e poderosas como qualquer língua falada no mundo. Ele levantou o prestígio da ASL nos círculos acadêmicos e pedagógicos, provando que ela tinha valor linguístico semelhante às línguas orais e que cumpria as mesmas