Libras
O livro “Libras? Que língua é essa?” possui uma leitura fácil e de extrema clareza. Em seu capítulo introdutório, somos apresentados a diversos temas que nos servirão de aprendizado a respeito da língua brasileira de sinais. A autora desvenda mitos e crenças acerca do assunto.
Ao decorrer deste capítulo, vemos que a Libras não é uma língua universal. Cada idioma é capaz de produzir a sua língua de sinais. A nossa língua de sinais é viva, portanto a mesma não é artificial e há regras, ou seja, gramática. Audrei deixa claro que a língua de sinais não é mímica, ideia esta com um quê de preconceito em relação à comunidade surda. É importante mencionar que por ser viva, através da língua de sinais se torna possível expressar conteúdos abstratos. Assim como na língua portuguesa falada existe em Libras traços icônicos. Atualmente qualquer pessoa pode se alfabetizar em Libras, independente de ser surdo ou não. O que mostra que essa comunidade não conversa por meio de códigos secretos. O alfabeto em Libras não é o alfabeto manual. Cada letra possui a sua configuração de mão. A língua de sinais tem base histórica na língua francesa de sinais, pois em 1855 um surdo francês chegou ao Brasil, no período imperial, e criou a primeira escola para surdos brasileiros. Em libras, também, existe sotaque. Há várias formas de se expressar com os sinais sobre todo o país.
Audrei inicia o segundo capítulo explicando as diferenças entre as nomenclaturas “surdo”, “surdo-mudo” e “deficiente auditivo”. A comunidade prefere ser chamada de “surda’, porque o termo “deficiente auditivo” e “surdo-mudo” carrega o preconceito, na concepção dos surdos. Os intérpretes são pessoas da maior importância no auxílio no instante da interação dos surdos com os ouvintes. Tal ajuda acontece de maneira informal. A presença destes profissionais em instituições de ensino e repartições públicas é um direito conquistado em 2002. Mas, não são todos os