Disciplina: língua brasileira de sinais librasDEFICIENTES AUDITIVOSO desenvolvimento completo de um indivíduo está muito relacionado com o desenvolvimento dos sistemas sensoriais e perceptivo, pois é através desses sistemas que os estímulos ambientais são transmitidos ao indivíduo. Quando ocorre algum impedimento em um desses sistemas, o desenvolvimento do indivíduo pode vir a ser prejudicado devido à dificuldade de interagir com o ambiente.No caso do deficiente auditivo, as suas características especiais (físicas, psicomotoras e cognitivas) estão associadas ao “início da surdez, etiologia, localização da lesão e quantidade e qualidade dos estímulos ambientais que a criança é exposta” (Pedrinelli & Teixeira, 1994).Os conceitos de surdez ede surdo construíram-se e modificaram-se, ao longo da história, seguindo os ideais políticos, filosóficos e religiosos de cada época. Na antiguidade, a surdez era ,no mais das vezes, encarada como castigo, e o surdo considerado louco, anormal ou enfeitiçado. A surdez era eliminada com a morte ou com o abandono:” Na Antiguidade Chinesa os surdos eram lançados ao mar. Os gauleses os sacrificavam ao Deus Teutates por ocasião da Festa do Agrário. Em Esparta os surdos eram jogados do alto dos rochedos. Em Atenas eram rejeitados e abandonados nas praças públicas ou nos campos”.A trajetória da educação formal dos surdos é marcada pelo embate entre duas concepções básicas de surdez: a clínica e a sociocultural. Considerando a surdez uma incapacidade, uma deficiência a ser sanada os métodos educacionais filiados à visão médica da surdez tinha por meta curar o surdo, empregando técnicas que proporcionassem o desenvolvimento da fala. Aqui a utilização da língua de sinais é proibida e tida como potencial fator de atraso do desenvolvimento intelectual do aluno. As concepções socioculturais de surdez, por sua vez, focam a educação do sujeito surdo na perspectiva da diferença, e não da deficiência. O objetivo da educação deixa de ser o