Libras
O propósito deste escrito é fornecer elementos básicos para a compreensão da educação dos surdos e seus desdobramentos.
Ao contrário do que se postula, há muitas publicações sobre a educação de surdos, tanto em formato de artigos como em livros, e existe, ainda, uma ampla divulgação na Internet o
(arrazoado histórico abaixo pode ser lido com maior detalhe no site www.sj.cefetsc.edu.br/~nepes/docs/midiateca_artigos/ historia_educacao_ surdos /texto29.pdf
).
No passado, os surdos eram considerados incapazes de ser ensinados, por isso eles não frequentavam escolas. As pessoas surdas, principalmente as que não falavam, eram excluídas da sociedade, sendo proibidas de casar, possuir ou herdar bens e viver como as demais pessoas. Assim, privadas de seus direitos básicos, ficavam com a própria sobrevivência comprometida. 3
Durante a Antiguidade e por quase toda a Idade Média, pensava-se que os surdos não fossem educáveis, ou que fossem imbecis. Os poucos textos encontrados referem-se principalmente a relatos de curas milagrosas ou inexplicáveis. Foi no início do século XVI que se começou a admitir que os surdos poderiam aprender por procedimentos pedagógicos sem que houvesse interferências sobrenaturais. Surgiram relatos de pedagogos que se dispuseram a trabalhar com surdos, apresentando diferentes resultados obtidos com essa prática pedagógica. A intenção da
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Disponível em www.ines.gov.br/ines e www.uraonline.com.br/ saude. 22
Unidade II
Revisão: Ana - Diagramação: Léo 29/05/09 -||- educação dos surdos, então, era que eles pudessem desenvolver seu pensamento, adquirir conhecimentos e se comunicar com o mundo ouvinte. Para tal, procurava-se ensiná-los a falar e a compreender a língua falada, mas a fala era considerada uma das estratégias, entre outras, de se alcançar esses objetivos
(Lacerda, 1998).
Mas era frequente, na época, manter em segredo o modo como se conduzia a educação dos surdos. Cada pedagogo