Libras
Vários termos eram utilizados para identifica os deficientes auditivos: débil mental, excepcional, etc. Acreditavam que as pessoas deficientes não poderiam ser educadas, eram consideradas fora do padrão da normalidade, sendo estereotipadas como incapazes. Houve muitos extermínios de crianças deficientes, pois se priorizava o ser humano produtivo para a sociedade e esses eram vistos como ‘máquinas danificadas’. A ideologia grega que cultuava a beleza e a perfeição, o nascimento do “deficiente" era entendido como um castigo dos deuses. Os filósofos reforçavam a ideia de que a fala era a única maneira de expressar os pensamentos, assim os surdos eram estereotipados como pessoas incompetentes, incompletos e incapazes de aprender. No século XVI, o médico italiano Girolamo Cardano, foi pioneiro em acreditar na capacidade de aprendizagem dos surdos. O monge beneditino Pedro Ponce de Léon, foi o primeiro professor de surdos de que se tem registrado. Ele viveu na Espanha, e se dedicou à instrução de dois irmãos surdos de um conde, instrução essa voltada para assegurar os direitos dos descendentes da nobreza. Já na França, Charles Michel de L’epée, desenvolveu uma educação para com duas irmãs surdas, mesmo que a priori esse trabalho pedagógico tivesse apenas o seu intuito catequizador. O que, mais tarde, comovido com a situação de pobreza dos surdos da capital francesa, funda em 1760 a primeira escola pública para surdos: o Instituto Nacional de Surdos-Mudos de Paris. Podemos entender que baseados na ‘caridade e na salvação religiosa’, essa ‘caridade aos necessitados’ ficou associada a uma posição de superioridade, elitizada. L’epée foi o "Pai da língua de sinais", se utilizou de "signos metódicos", criado a partir dos gestos de seus alunos, foi grande defensor dessa linguagem.
Conta-se a historia de um garoto (Victor), entre 12 a 15 anos, mudo e surdo, que fora encontrado em uma floresta, apenas grunhia e