LIBRAS
TRAJETÓRIA HISTÓRICA DO SURDO
A história da humanidade foi testemunha de como as pessoas com deficiência foram excluídas da sociedade.
Na Idade antiga, em Roma não perdoavam os surdos porque achavam que eram pessoas castigadas ou enfeitiçadas, na Grécia eram considerados inválidos, incômodos para a sociedade. As crianças com surdez eram consideradas pela lei e pela sociedade como imbecis, irracionais. As leis permitiam que os nascidos com sinais de debilidade ou algum tipo de má formação fossem sacrificados, abandonados para morrerem. As que sobreviviam eram obrigadas a fazerem os trabalhos mais desprezíveis, viviam sozinhas e abandonadas.
Já para o Egito e a Pérsia, os surdos eram considerados enviados dos deuses, acreditavam que eles se comunicavam com os deuses, e por isso respeitavam, protegiam e tributavam aos surdos adoração, no entanto, eles tinham vida inativa e não eram educados.
Na idade média (1476-1453) não davam tratamento digno aos surdos, eram sujeitos estranhos e objetos de curiosidades, eram proibidos de receberem a comunhão porque eram incapazes de confessar seus pecados, o casamento de duas pessoas surdas só era permitido para aqueles que recebiam favor do Papa. Também existiam leis que proibiam os surdos de receberem heranças e de votar.
É durante a Idade Moderna que se têm notícias das primeiras experiências educacionais com as crianças surdas.
O monge beneditino Pedro Ponce de Leon (1510-1584), na Espanha, estabelece a primeira escola para surdos. Ele usava como metodologia a datilologia, escrita e oralização, depois ele criou uma escola para professores de surdos. Nesta época, só os surdos que conseguiam falar tinham direito à herança.
Na Espanha, Juan Pablo Bonet obteve sucesso na educação de outro membro surdo da família Velasco, Dom Luís, através de sinais, treinamento da fala e o uso da datilologia. Em 1620, ele publica um livro onde explica seu método oral, “Reduccion de las letras y arte para enseñar a hablar