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Criança surda deve aprender LIBRAS.

Infelizmente, alguns profissionais da área da saúde e educação, por falta de conhecimento, não orientam os pais de crianças surdas sobre a importância da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Falam sobre aparelhos auditivos e reabilitação – que também são importantes – e deixam de lado e minimizam a importância daquela que será a responsável por desenvolver a área cognitiva, que dará a capacidade de expressar seus sentimentos, de entender o mundo a sua volta.
Sabemos que a criança surda, por não ouvir, não consegue adquirir a língua oral naturalmente, como uma criança ouvinte. Sem adquirir uma língua, como ela poderá compreender o mundo que a cerca? Sabemos que, para muitos surdos, o aprendizado da língua portuguesa não é algo que se dá da noite para o dia, é um processo demorado. Para a criança surda que não adquire LIBRAS, nem esse tipo de pensamento acontece, porque ela ainda não adquiriu uma língua, está começando a aprender a repetir palavras, mas ainda não consegue pensar sobre elas.
Não estou aqui dizendo que aprender a língua portuguesa, falada ou escrita, não seja importante. É, mas depois que propiciamos ao surdo a aquisição de uma língua ao qual ele terá condições rapidamente de desenvolver a área cognitiva. O mais importante para a criança surda é aprender uma língua na mesma velocidade e no tempo adequado à criança ouvinte. Com certeza, isso não se dará com a oralização e, sim, com a Língua de Sinais.
Segundo Fernandes (1990), é fundamental o acesso à Língua de Sinais o mais precocemente possível, pois a dificuldade do surdo em adquirir língua oral nos primeiros anos traz consequências para o seu desenvolvimento mental, emocional e sua integração social.
É importante ressaltar que a Língua de Sinais não atrapalha a aquisição da língua oral, muito pelo contrário, ela fornecerá todo aparato lingüístico necessário para a estruturação do pensamento e a aquisição de outras línguas.
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