libra
A ideia de que LIBRAS, ou outra língua de sinais de outros países (como, por exemplo, ASL, American Sign Language; LSF, Langue des signes française; BSL, British Sign Language; AUSLAN, Australian sign language etc.) é uma língua própria, viva, com suas especificidades e singularidades, assim como a língua falada no Brasil, transcorre por todo o primeiro capítulo do livro.
O segundo capítulo tem enfoque no principal usuário da língua de sinais: o surdo. A autora dá início esclarecendo uma das principais crenças que permeia a sociedade: chamar o surdo de surdo-mudo ou de deficiente auditivo. E são três termos que possuem significados diferentes. Inevitável não trazer o exemplo que está em minha própria família, o meu tio. Desde muito pequeno perdeu a audição, algo um tanto “mistificado” por parentes, pois ninguém realmente sabe os motivos. Os vizinhos insistem em chamá-lo de “mudo”, e este tornou o seu apelido para aqueles que não o conhecem de verdade. E isso remete à ideia de muitos: do surdo como aquele que é, invariavelmente, mudo, ou seja, um indivíduo que não fala porque tem problemas no aparelho fonador, uma inverdade que permanece no imaginário do senso comum. Além disso, é explicitado sobre um outro usuário da língua de sinais, que é o intérprete, de forma bastante sucinta.
O terceiro e último tópico de Libras? que língua é essa? trata da Surdez, buscando responder questionamentos sobre a visão de que surdez é uma deficiência, sobre a visão negativa que possui na comunidade ouvinte. Explana, também, sobre os graus, os tipos e a hereditariedade e, também, sobre os implante coclear e aparelhos auditivos.