Libertismo, Determinismo
Resumamos o problema do livre-arbítrio na seguinte condicional:
Se o determinismo é verdadeiro, então não temos livre-arbítrio.
Eis as nossas opções:
1. Aceitar que não somos livres porque aceitamos que o determinismo é verdadeiro e todas as nossas acções são determinadas por acontecimentos, causas.
2. Negar o determinismo porque mostramos que somos livres e acreditamos que as nossas acções são feitas por vontade própria sem qualquer relação com acontecimentos antecedidos
3. Negar a condicional porque mostramos que apesar de o determinismo ser verdadeiro, ainda assim somos livres, podemos ter influencia em acontecimentos antecedidos mas ainda assim temos a liberdade de escolha nas acções.
As opções 1 e 2 são soluções incompatibilistas, aceitam que o livre-arbítrio e o determinismo não podem coexistir, se um for verdadeiro o outro é falso. Dentro dos incompatibilistas, quem defende a solução 1 é determinista radical, e quem defende a 2 é libertista. Já a 3 é a solução compatibilista, pois aceita que podemos ser livres mesmo que o determinismo seja verdadeiro, ou seja, para o compatibilista o determinismo mesmo acreditando que as nossas acções têm certas influencias por acontecimentos antecedidos não exclui o livre-arbítrio. A posição compatibilista é designada por determinismo moderado visto que entre as 3 esta é a que mostra o termo médio no problema do livre-arbítrio.
Libertismo
O Libertismo é a perspetiva de que pelo menos algumas das nossas acções são livres porque, na verdade, não estão causalmente determinadas. Segundo esta teoria, as escolhas humanas não estão constrangidas da mesma forma que outros acontecimentos do mundo. Uma bola de bilhar, quando é atingida por outra bola de bilhar, tem de se mover numa certa direcção a uma certa velocidade. Não tem