liberdade e felicidade
por Nelson Sganzerla - nelsonsganzerla@terra.com.br
Confesso que durante muitos anos de minha vida vivi prisioneiro de mim mesmo, em empregos que nada me acrescentavam como pessoa, exceto um salário no final do mês; era escravo de convenções sociais que tolhiam a minha capacidade de sonhar e vislumbrar um caminho, que muitas vezes nem eu sabia qual...
Era muito tímido e preocupado com o que outros falariam ou achariam de alguma atitude minha que mostrasse algo de rebeldia até por ser jovem e fazer parte de uma geração da paz e do amor, nunca enveredei pro caminho das drogas.
Sempre gostei muito de escrever e de cantar e me destacava nas rodas de violão e no colégio pelas minhas redações metafísicas.
Óbvio que nesse tempo, eu não tinha muita escolha ou uma opção que permitisse largar meu emprego; afinal, vinha de família simples, honesta e tinha que colaborar no orçamento da casa, portanto, nem sempre os sonhos de adolescente eram permitidos que viessem em minha mente. Era uma vida de trabalho durante o dia e estudo à noite, afinal, eu tinha que ser alguém de acordo com os valores dos meus pais; trabalhar na mesma empresa durante anos com a tal da carteira assinada.
Apesar do ônus de ter que trabalhar muito cedo e ter que enfrentar todo tipo de trabalho e tarefas burocráticas que eu odiava, tinha o bônus de sempre, no final de cada mês, ter meu dinheiro todo fim de semana para ir aos bailes e comprar minhas roupas, ao contrário dos amigos que só estudavam e viviam de mesada. Desde muito cedo, aprendi a conduzir a minha vida, a conservar meus sonhos e a viver feliz, apesar de não ser totalmente livre. Não se preocupem, não quero aqui reviver uma sessão “Essa é a minha vida”.
Mas o ponto é: nessa passagem nesse planeta Terra, precisamos sempre nos centrar naquilo que é primordial para a nossa felicidade. Não estamos aqui para sermos infelizes, apesar das agruras que certamente vivemos em alguma fase