Liberdade ou Segurança?
A liberdade e a segurança são dois dos principais valores de uma sociedade democrática. Eles dependem um do outro, pois não há liberdade sem segurança nem segurança sem liberdade. Só em sociedades livres os cidadãos poderão sentir-se verdadeiramente seguros; só em sociedades que combatem seriamente a criminalidade é que os cidadãos poderão viver a liberdade.
O pensador francês Alexis de Tocqueville preocupava-se com questões parecidas com as de Marx, mas deu a elas respostas diferentes. Em 1830, Tocqueville residiu por nove meses nos Estados Unidos conhecendo um modelo de Estado diferente do francês como direitos corporativos ou privilégios hereditários. Então desenvolveu um estudo comparando as consequências dos vários modelos de democracia na vida social.
Tocqueville acompanhou a Revolução Francesa que colocou fim ao regime monárquico. A declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foi o documento mais importante dessa revolução e ficou conhecido como o certificado de nascimento da democracia moderna que também atingiu todo continente europeu.
A Revolução Francesa impressionou Tocqueville com sua violência, por que uma revolução que defendia a liberdade, igualdade e a fraternidade era tão violenta? Lutar por uma sociedade mais justa gera violência, o que vale mais entre liberdade ou segurança? Uma sociedade livre e igual não deve gerar violência.
A França revolucionária foi tema do livro O Antigo Regime e a revolução, nele Tocqueville procurou mostrar o que existia na França pré-revolucionária para que a revolução tivesse o resultado que teve. Procurou os elementos que facilitaram a perda da liberdade e a centralização do governo até o clímax do Terror. Buscou nos costumes, hábitos, vícios e maneiras de ser dos franceses traços e características que o ajudassem a entender por que a tirania se instalou no período pós-revolucionário.
A democracia então tinha vindo pra ficar, não era mais possível dizer que os homens eram desiguais