Liberdade ou desespero a escolha sob o olhar da gestalt-terapia
Roseli Batista Sousa Barbosa de Araújo
Virgínia Suassuna Martins Costa
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Goiânia, 2012
Resumo
Este estudo tem como objetivo averiguar a eficácia da abordagem gestáltica como instrumento no processo de fazer escolhas que é inerente à existência humana. Foi realizada com um cliente do sexo feminino, 40 anos, classe social C, ensino médio completo, separada, mãe de dois filhos adolescentes. Candidatou-se ao processo de psicoterapia na Clínica Escola Vida da PUC-GO, devido ao quadro depressivo que culminou em sua separação. A busca por psicoterapia se deu por encaminhamento médico, e a queixa principal é a confusão frente às novas decisões que precisa tomar. Foi adotado o método fenomenológico-existencial. Os resultados apontam que a abordagem gestáltica é uma ferramenta eficaz na capacitação de escolhas mais criativas e ajustadas.
Palavras-Chave: escolha, gestalt-terapia, método fenomenológico-existencial.
Liberdade ou Desespero: A Escolha Sob o Olhar da Gestalt-terapia
Roseli Batista Sousa Barbosa de Araújo
Virgínia Suassuna Martins Costa
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Na perspectiva existencialista a escolha é um presente dos deuses aos humanos que tanto pode ser benção quanto maldição, ao carregar em si a liberdade e a responsabilidade diante da qual ninguém pode se evadir, colocando na sorte ou nos outros, a culpa por suas desventuras. E dentro desta ótica, o decidir torna o ser humano responsável pelo que é, e mesmo quando não é aquilo que deseja, sempre é o resultado de suas escolhas (Sartre, 1970; Cardella, 2002: Manniom, 2005).
Angerami (1950) coloca que na percepção dos existencialistas a angustia é o “holo” da existência humana, é companheira eterna e interna de cada ser. E sendo o existir marcado por um emaranhado de situações escabrosas, só poderá se revestir de sentido na medida em o ser humano compreender que