LIBERALISMO
O Liberalismo é um fenômeno histórico que possui inúmeros aspectos, sendo que, os mesmos moldaram grande parte do nosso mundo moderno.
É complexo definir com precisão tal fenômeno histórico, sendo que descrevê-lo foi a forma mais simples adotada pelos filósofos à época. Ortega Y Gasset, por exemplo, descreveu o liberalismo como o direito assegurado pela maioria às minorias, sendo a forma mais suprema de generosidade e apelo mais nobre que já ressoou no planeta.
No século XIX, em sua idade de ouro, o movimento liberal atuava no nível do pensamento e nível de sociedade, consistindo num corpo de doutrinas e grupo de princípios que sustentavam o funcionamento de várias instituições, como parlamentos (antigas) e liberdade de imprensa (novas).
Historicamente falando, o Liberalismo surgiu na luta política que houve na Inglaterra que culminou na Revolução Gloriosa de 1688 contra Jaime II. Os objetivos dos vencedores de tal revolução eram tolerância religiosa e um governo constitucional. Ambos se tornaram pilares do sistema liberal e com o tempo foram se espalhando pelo Ocidente.
Entre a Revolução Gloriosa e Grande Revolução Francesa, o liberalismo era chamado de protoliberalismo, sendo constantemente associado com o sistema inglês, ou seja, uma forma de governo fundada em poder monárquico limitado e num bom grau de liberdade civil e religiosa.
Na Inglaterra, embora o acesso ao poder fosse controlado por uma oligarquia, havia mais liberdade geral do que qualquer outra parte da Europa. Sendo assim, visitantes estrangeiros que ali estiveram em 1730, compreenderam que na Inglaterra havia uma aliança entre lei e a liberdade, promovendo então uma sociedade mais sadia e próspera do que quaisquer das monarquias.
Houve também uma comparação com a Grã-Bretanha, cuja mesma convenceu muitos protoliberais de que o governo deveria procurar apenas atuar minimamente zelando pela paz e segurança.
Após a Revolução Francesa, o pensamento liberal enfrentou novas ameaças à