Liberalismo
O debate qualidade/quantidade na educação é uma discussão bem antiga envolvendo jogos de interesses, nesta moeda de um lado estão os ideais liberais e do outro os integralistas.
Os liberais idealizaram uma educação qualitativa visando a melhoria pedagógica e condições didáticas da escola.
Por outro lado, os integralistas defendiam o ensino profissionalizante no segundo grau, dispensando assim o ensino superior. Até então (1937 a 1945), o ditador Vargas jogava com os dois lados da moeda, ensino profissionalizante para classes populares e ensino superior para elite.
Entretanto o cenário político e econômico foram redefinindo este embate entre qualidade e quantidade. Depois do golpe de 64 com intelectuais universitários na linha de frente, reforçou-se o ensino profissionalizante na escola média desestimulando o ensino superior, mal visto pelos políticos.
A industrialização brasileira foi também uma das responsáveis pelos ideais quantitativos na educação – mais mão de obra barata no mercado de trabalho.
Diante dessas realidades sócio-políticas no Brasil, é que o ensino passa por reformas nas décadas de 60 e 70, o governo brasileiro fez inúmeros acordos com o governo norte-americano.
A legislação educacional, Lei 5.692/71 tem forma orgânica, portanto abrangente o suficiente para garantir o contraste político ideológico sobre a educação em todos os níveis. Ainda com a intenção de moldar “o capital humano” quantitativamente foi instituído o ensino de Moral e Cívica nos primeiro e segundo graus e Estudo de Problemas Brasileiros, na graduação e até na pós-graduação.
Como conseqüência desse contraste entre qualidade e quantidade, sendo o último responsável por todas essas reformas, o Brasil esta sendo vitima do neoliberalismo.
Estamos sob uma nova legislação educacional, novo regime político.
A qualidade do ensino desenvolve iniciativa e em conseqüência a autonomia para tomar decisões e ser