LEWGOY, Alzira, M. B. & SILVEIRA, E.M.C. A Entrevista no processo do Assistente Social. In Revista Textos e Contextos. POA, v. nº2-jul/dez.2007, (pp. 233-251)
4890 palavras
20 páginas
LEWGOY, Alzira, M. B. & SILVEIRA, E.M.C. A Entrevista no processo do Assistente Social. In Revista Textos e Contextos. POA, v. nº2-jul/dez.2007, (pp. 233-251)Introdução
“A motivação para escrever este artigo parte da nossa condição de professoras (...). Como tal, surge a necessidade de responder às demandas dos alunos a respeito da instrumentalidade como elemento fundamental no processo de formação profissional. A produção textual que trata da especificidade da dimensão técnico-operativa (e em especial sobre entrevista) vem sendo preterida, se comparada com aquelas que tratam das especificidades da dimensão teórico-metodológica e ético-política. O conhecimento a este respeito vem se reproduzindo em grande parte pela tradição oral, ou pela consulta na produção de outras áreas do saber” (p. 234)
“A questão do instrumento remete-nos a Leontiev (1978), o qual referencia o trabalho como um processo que liga o homem à natureza e sobre a natureza. [...] O uso do instrumento só é possível em ligação com a consciência do fim da ação do trabalho, tornando-se, assim, um objeto social, o produto de uma prática social, de uma experiência social de trabalho. Por esse fato, o conhecimento humano seja o mais simples (que se realiza diretamente numa ação concreta de trabalho com a ajuda de um instrumento) não se limita à experiência pessoal de um indivíduo: acima de tudo se realiza na base da aquisição por ele da experiência da prática social. Desse modo, entendemos que o conhecimento humano se assenta inicialmente na atividade instrumental do trabalho, pois
[...] é possível, por via das mediações, que é a via do pensamento. O seu princípio geral é que submetemos as coisas à prova de outras coisas e, tomando consciência das relações e interações que se estabelecem entre elas, julgando a partir das modificações que aí percebemos, as propriedades que nos não são diretamente acessíveis” (LEONTIEV, 1978, p. 84). (p. 235)
“Seguindo nessa direção, a entrevista é um dos