Fichamento do texto: "A entrevista nos processos de trabalho do assistente social"
“Resumo – O objetivo deste artigo é de ressignificar a entrevista como pertencente ao instrumental do processo de trabalho do assistente social, trazendo sugestões de como fazê-la, fundamentando este fazer, mais específico da dimensão técnico-operativa, às dimensões teórico-metodológica e ético-política. Pretende também que este material seja a oportunidade de compartilhar um conhecimento acumulado na condição de assistente social que faz da entrevista um dos instrumentos do seu cotidiano profissional. Como todo trabalho é uma produção histórica e social, ele está sujeito às reproduções das contradições do real; por isso, esperamos que possa desencadear discussões que venham a enriquecer a todos os que nela estão envolvidos. É importante ressaltar que, com este artigo, não se tem nenhuma pretensão de propor modelo único, rígido, para o desenvolvimento da entrevista em Serviço Social, pois cada encontro com o usuário é único e possui suas particularidades.” (p. 233)
Intodução
“A motivação para escrever este artigo parte da nossa condição de professoras e, mais precisamente, de supervisoras pedagógicas e assistentes sociais que, no cotidiano profissional, assumem a atribuição da supervisão de estagiários de Serviço Social. Como tal, surge a necessidade de responder às demandas dos alunos a respeito da instrumentalidade como elemento fundamental no processo de formação profissional.” (p. 234)
1 O contexto da entrevista no Serviço Social
“A entrevista constitui-se em instrumento de trabalho do assistente social pelas requisições e atribuições assumidas desde os primórdios da profissão. Mary Richmond (1950), em sua obra Diagnóstico Social, referia que através dela o assistente social faria o diagnóstico social. Referia-se, naquela época, à entrevista inicial como uma “conversa inicial”. Considerava-a um procedimento difícil, por entender que era naquele encontro que se estabeleciam as bases do