Levante/Revolta dos Malês
A partir das experiências de combate que tiveram anteriormente na África, Escravos muçulmanos pertencentes às etnias hauçá, igbomina e Picapó organizaram um movimento com a proposta de libertação de todos os escravos africanos que pertencessem à religião islâmica. Consistia também no fim do catolicismo, o assassinato e o confisco dos bens de todos os brancos e mulatos, a implantação de uma monarquia islâmica e a escravização de todos que não fossem muçulmanos, independentemente de sua raça.
Planejaram da seguinte forma: sairiam do bairro da Vitória e iriam até
Itapagipe (localizados em Salvador) tomando as terras e matando os ‘brancos’, em seguida se reuniriam com os demais revoltosos para então tomar o governo. Tinham o objetivo também de divulgar sua religião e “conquistar” seus direitos. A ação seguinte seria a invasão dos engenhos de açúcar e a libertação dos escravos muçulmanos.O plano dos malês foi delatado para um juiz de Paz de Salvador, e este rapidamente acionou os soldados das forças oficiais que, bem preparados e armados, cercaram os revoltosos na região da Água dos Meninos, antes mesmo de chegarem a Itapagipe.
Na região da Água dos Meninos aconteceram violentos conflitos nos quais morreram setenta escravos e sete soldados.
Após as lutas, foram presos cerca de 200 revoltosos, os quais foram julgados pelos tribunais. Alguns foram condenados a trabalhos forçados e açoites, outros foram