Leucemia
Leucemias
Têm origem na proliferação celular, geralmente clonal (várias células-filhas anormais originárias de uma única célula). Podem se originar de alterações genéticas (translocações, deleções, inversões).
Em geral, nas leucemias agudas, as células aumentam sua capacidade de proliferação, mas perdem a sua capacidade de diferenciação; ocorre insuficiência da medula óssea, comprometimento do estado geral e acometimento extra-medular. O quadro é de instalação súbita, levando apenas alguns dias ou meses. Nas leucemias crônicas, as células também têm alta capacidade de proliferação, conseguindo manter um certo grau de diferenciação. O quadro é mais arrastado, podendo existir há meses ou anos antes de ser feito o diagnóstico. Não existem sintomas clínicos, sendo, geralmente, um achado de exame.
Situações que podem estar associadas à maior incidência de leucemias: radiações ionizantes, quimioterapias prévias, exposição a benzeno, síndrome mielodisplásica e doenças com instabilidade cromossômica, como anemia de Fanconi e Síndrome de Down.
O diagnóstico laboratorial é feito através do hemograma, mielograma (ou biópsia de medula óssea), citoquímica (mieloperoxidase e Sudam-black), imunofenotipagem, citogenética e biologia molecular, sendo que o último complementa o diagnóstico da leucemia.
*As leucemias linfóides agudas e crônicas são chamadas neoplasias linfóides de células B e T e as leucemias mielóides crônicas fazem parte das doenças mieloproliferativas.
Leucemia Mielóide Aguda
Epidemiologia
No ano 2000, foi a 7ª causa de óbito entre os homens e a 8ª entre mulheres no Brasil;
A incidência aumenta com a idade;
2,25 casos novos por 100.000 habitantes por ano, sendo menos de 1 caso/100.000 habitantes na faixa etária inferior a 30 a 45 anos;
Entre os idosos (acima de 75 anos), atinge 15 a 17 casos/100.000 habitantes por ano;
80-90% das leucemias agudas no adulto;
12% das leucemias agudas na