Leucemia
Autor(es)
PATRICIA MARQUES
Orientador(es)
JADSON OLIVEIRA SILVA 1. Introdução
As leucemias são um grupo de neoplasias complexas e diferentes entre si que afetam a produção dos leucócitos. As primeiras observações de pacientes com elevação no número de leucócitos no sangue foi feita por médicos europeus no século XIX. Esses cientistas passaram a definir esta como “weisses blut”, ou sangue branco. Mais tarde o termo “leucemia”, derivado das palavras gregas leukos, significa branco, e haima, significa sangue, passou a ser utilizado. As principais formas de leucemias são classificadas em mielóide e linfoide, de acordo com a linhagem atingida, e crônicas ou agudas, de acordo com o nível de diferenciação do tipo celular predominante. A leucemia linfoide aguda resulta na produção descontrolada de blastos de características linfoides e no bloqueio da produção normal de eritrócitos, leucócitos e plaquetas, devido ao acúmulo destes na medula óssea. A LLA embora possa ocorrer em qualquer idade, sua incidência é maior entre crianças de 2 a 5 anos, numa porcentagem de 80%, diminuindo entre adolescentes e jovens, entre os quais a incidência é de 20%, voltando a crescer após os 60 anos de idade. Entre crianças e adolescentes, a doença é mais comum naqueles de cor branca e do sexo masculino. O diagnóstico e a classificação das leucemias linfoides agudas baseiam-se, em grande parte, na análise morfológica e citoquímica das células neoplásicas. A falta de reprodutividade desses critérios e a dificuldade para classificar alguns pacientes têm levado à busca de outros parâmetros. Assim, na atualidade, o diagnóstico e a classificação das leucemias agudas apoiam-se, em grande parte, nos estudos imunofenotípicos por citometria de fluxo, permitindo avançar na identificação de determinados subgrupos dificilmente classificáveis do ponto de vista morfológico. O diagnóstico e a classificação das leucemias