Letícia sabatella
Letícia tinha doze anos de idade quando sua família se mudou de Belo Horizonte (MG) para a cidade mineira de Volta Grande, indo residir na vila da Usina Hidrelétrica de Volta Grande. Lá seu pai era engenheiro na usina. Ela conta que aprendeu a gostar da natureza nesse lugar cheio de verde e de pessoas de diferentes nacionalidades. Hoje, possui um sítio em Nova Friburgo, região serrana do Rio de Janeiro, onde planta alimentos orgânicos em regime de cooperativismo com os empregados.
Mudando-se para Curitiba, viveu nessa cidade dos quatro aos vinte anos. Acreditando que os habitantes de Curitiba conseguem preservar suas raízes em grupos isolados, discorda até certo ponto da conhecida misantropia deles. Lá começou a se interessar por arte, tendo feito cursos de balé e teatro. Ingressou em uma escola de arte dramática, mas só ficou por dois anos porque foi convidada para participar do especial Os Homens Querem Paz, após ter feito um teste na TV Globo, em 1991.
Letícia conta que seu amadurecimento custou caro e veio com três experiências dolorosas. A primeira foi a morte por leucemia de seu namorado de adolescência. A segunda foi o nascimento prematuro de sua filha Clara, que a obrigou a morar no hospital com o marido Ângelo Antônio por três meses. A terceira foi a separação conjugal em 2003, que a levou a procurar ajuda psicológica e espiritual.
Sua consciência política surgiu[6][7] cedo na vida e foi reforçada pela companhia de pessoas como Frei Beto e Herbert de Souza, que lhe mostraram a importância de usar sua celebridade para algo mais do que ganhar dinheiro. Seu engajamento se tornou tão forte que chegou a conviver com os índios[8] craós (no Tocantins), como se fosse um