Letramento
Designa-se por letramento o resultado da ação de ensinar a ler e a escrever. É o estado ou a condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como conseqüência de ter-se apropriado da escrita.
Surge um novo sentindo para o adjetivo letrado, que significava apenas que, ou o que é versado em letras ou literatura, e que agora passa a caracterizar o indivíduo que domina a leitura, ou seja, que não só sabe ler e escrever (atributo daquele que é alfabetizado), mas também faz uso competente e frenquente da leitura e da escrita. Fala-se no letramento como ampliação do sentindo de alfabetização.
O nível de letramento é determinado pela variedade de gêneros de textos escritos que a criança ou adulto reconhece. Segundo essa corrente, a criança que vive em um ambiente em que se lêem livros, jornais, revistas, bulas de remédios, receitas culinárias e outros tipos de literatura (ou em que se conversa sobre o que se leu, em que uns lêem para os outros em voz alta, lêem para a criança enriquecendo com gestos e ilustrações), o nível de letramento será superior ao de uma criança cujos pais não são alfabetizados, nem outras pessoas de seu convívio cotidiano lhe favoreçam este contado com o mundo letrado.
Estudiosos afirmam que são muitos fatores que interferem na aprendizagem da língua escrita, porém estudos recentes incluem entre esses fatores o nível de letramento. Paulo Freire afirma que, na verdade, o domínio sobre os signos lingüísticos escritos, mesmo pela criança que se alfabetiza, pressupõe uma experiência social que o precede – a ‘leitura’ do mundo, que aqui chamamos de letramento.
E atualmente, o ensino passa por um momento complicado, pois a criança ou o adulto, em sua maioria, é alfabetizado, mas não é letrado. Ela (e) lê o que está escrito, mas não consegue compreender, interpretar o que leu e isso faz deste indivíduo, alguém com muitas limitações, pois se ele não interpreta ou compreende corretamente, ele terá problemas em todas as disciplinas que