Letramento
Para o educador Paulo Freire, a alfabetização seria muito mais que apenas ensinar a ler e escrever. O termo abrangeria a leitura do mundo e a compreensão de tudo que nos cerca. O aluno deve ser capaz de, através da alfabetização, discernir o mundo ao seu redor e se tornar um agente transformador de sua situação social e política, pois apenas através da alfabetização, uma pessoa se torna capaz de votar corretamente de acordo com seus anseios e necessidades.
Como a língua portuguesa, bem como todas as outras, encontra-se em constante evolução, são criadas palavras para descrever novos fenômenos ou fenômenos já conhecidos que são interpretados de outra maneira, ou de acordo com sua época.
É o caso da palavra letramento. Ela apareceu como um complemento para a alfabetização. É um adendo a uma palavra que já deveria ter o significado do letramento contido nela.
Alfabetizar deve ser mais do que uma obrigação. Deve ser uma ato de amor ao próximo e ao futuro do nosso país.
ALFABETIZAÇÃO= ação de ensinar/aprender a ler e a escrever
LETRAMENTO= estado ou condição de quem não sabe só ler e escrever, mas cultiva e exerce as práticas sociais que usam a escrita.
Sendo assim, o mais adequado a se fazer não é só alfabetizar nem só letrar, e sim:
ALFABETIZAR LETRANDO= ensinar a ler e a escrever no contexto das práticas sociais e da escrita.
“Se alfabetizar significa orientar a criança para o domínio da tecnologia da escrita, letrar significa levá-la ao exercício das práticas sociais de leitura e de escrita. Uma criança alfabetizada é uma criança que sabe ler e escrever; uma criança letrada (tomando este adjetivo no campo semântico de letramento e de letrar, e não com o sentido que tem tradicionalmente na língua, este dicionarizado) é uma criança que tem o hábito, as habilidades e até mesmo o prazer de leitura e de escrita de