Letramento e alfabetização
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Desde muito cedo a criança interage com a linguagem oral no meio em que vive, com os pais e outros adultos que a cercam. Através da oralidade as crianças entram em contato com diversas situações presentes na sociedade e no meio em que vivem. Na escola as crianças passam a enfrentar situações mais formais e que não são comuns em seu dia-a-dia, seja no grupo familiar ou na comunidade. Com relação à escrita acontece a mesma coisa. Diariamente a criança é exposta à propagandas, placas, outdoors, rótulos de embalagens, escutam histórias, etc. e assim as crianças constroem-se como sujeitos letrados. Sabemos que as crianças que entram em contato com estas experiências se motivam e começam a refletir sobre estas interações e diferentes características, usos e funções sociais da leitura e da escrita. À escola cabe problematizar, refletir, possibilitar vivências e práticas reais de leitura e produção de textos diversificados e que reduzam as diferenças sociais assegurando a todos os estudantes o acesso a estas vivências. Para desenvolver a autonomia na escrita e leitura é necessário que desde a educação infantil a escola se preocupe com o desenvolvimento de atividades que estimulem conhecimentos relativos à aprendizagem da escrita alfabética, assim como de conhecimentos ligados ao uso e a produção da linguagem escrita. É necessário o estímulo e o gosto pela leitura. Distinguindo alfabetização e letramento, alfabetização é o processo pelo qual a criança adquire as habilidades necessárias para a leitura. Letramento é o processo que vai além do uso mecânico da leitura, é a leitura de mundo, a compreensão dos usos e a competência para compreender e interpretar o que se lê. Neste contexto o ideal é que se alfabetize letrando. São duas ações distintas, mas não inseparáveis. Ao pensarmos sobre os usos da leitura e da escrita no