Lesões Traumáticas dos Nervos Periféricos
Introdução
Um nervo mediano pode ser lesado de vários modos. Numa lesão traumática, ele é freqüentemente comprimido, distendido e algumas vezes rompido.
Quando o nervo encontra - se exposto ele pode estar seccionado, lacerado ou esmagado.
Em qualquer destes exemplos, a lesão do nervo provoca modificações orgânicas ou funcionais no músculo e na pele que é inervada.
Nestes casos existe três tipos de alterações patológicas em lesões traumáticas de nervo , que foram descritos por Seddon.
Tipos de lesões traumáticas do nervo
Existe três tipos : A Neuropraxia, a Neurotmese, mas aqui será enfatizado a Axonotmese.
Axonotmese
As pressões locais mais acentuadas no nervo podem causar interrupção da continuidade dos axônios sem lesão significativa para o seu estroma .
Em conseqüência , os axônios distais ao local da agressão degeneram e há paralisia motora e sensitiva completa. Este é o tipo mais comum de lesão traumática de nervo associado com fraturas.
Como resultado dessa degeneração do axônio, cessa a condução de estímulos elétricos do nervo, ficando alterada a excitabilidade elétrica dos músculos paralisados .
Nestas condições, um estímulo elétrico é propagado pelas fibras musculares diretamente, e não pela inervação intramuscular.
Os músculos denervados respondem apenas aos estímulos de longa duração, originando as reações de degeneração que são as respostas ao galvanismo (estímulos de longa duração) mas não ao faradismo (estímulos de curta duração).
Seguindo - se às alterações elétricas de excitabilidade, ocorre exaustão do músculo. Caso a degeneração seja prolongada, surge uma substituição gradual do músculo por tecido conjuntivo. Esta mudança é irreversível.
Em axonotmese , desde que o estroma do nervo seja preservado, ocorre a regeneração dos axônios e ele atravessa o foco da lesão, continuando distalmente até as terminações nervosas motoras e sensitivas.
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